O termo microcirurgia engloba vários tipos de cirurgias em diversas especialidades médicas. O que elas tem em comum são a necessidade de se utilizar um equipamento de magnificação, seja ele um microscópio ou lupas cirúrgicas. Essa magnificação ou “zoom”é fundamental devido ao tamanho reduzido e a delicadeza das estruturas anatômicas que são manipuladas pelos cirurgiões. O instrumental médico utilizado também é especialmente fabricado para este tipo de cirurgia e é extremamente delicado.
Os profissionais médicos que executam essas cirurgias são chamados de microcirurgiões e necessitam de extenso treinamento em laboratório e serviços médicos credenciados, por no mínimo 2 anos. A curva de aprendizado é longa e necessita de intensa dedicação e treinamento laboratorial e clínico.
Dentro da Ortopedia e da Cirurgia da Mão, a microcirurgia é empregada no tratamento de lesões de nervos, vasos, ligamentos e tendões. As situações mais comuns em que há necessidade da microcirurgia são: cortes profundos em geral, amputações, tumores de nervos ou próximos a estruturas nobres, lesões do plexo braquial e de nervos periféricos, paralisia obstétrica e ferimentos complexos ou fraturas expostas.
Os transplantes ou retalhos convencionais e microcirúrgicos são procedimentos de alta complexidade e de grande utilidade no tratamento de feridas graves nos braços e nas pernas. Essas feridas são geralmente decorrentes de traumas de grande energia que ocorrem em acidentes de trânsito, provocando lesões graves da pele, músculos, tendões e osso. Também podem ocorrer devido a infecções pós-operatórias que prejudicam a cicatrização adequada das incisões operatórias. O problema em comum dessas feridas complexas, é a presença de uma falha de cobertura cutânea de tamanho variável que expõem estruturas nobres como ossos, tendões e nervos. Os transplantes ou retalhos consistem numa transferência de pele e outros tecidos de áreas doadoras íntegras para as áreas receptoras com o defeito de pele.
Os transplantes ósseos vascularizados são utilizados para solucionar problemas envolvendo extensas perdas ósseas decorrentes de traumas graves ou ressecção de tumores. O mais frequentemente utilizado é a fíbula.
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