Problemas mais frequentes: Dupuytren

O que é a Doença de Dupuytren?

A Doença de Dupuytren ou Fibromatose Palmar é uma patologia que ocorre predominantemente na sexta e sétima décadas de vida e em indivíduos da raça branca, descendentes de europeus (italianos, alemães).

Ela se caracteriza por um espessamento e contratura da fáscia palmar, presente na palma das mãos e dos dedos. No início, o paciente percebe pequenos nódulos ou “caroços” associados a um enrugamento maior da pele palmar. O dedo mais acometido é o anular e o dedo longo, mas qualquer dedo ou até mesmo todos os dedos podem ser acometidos. Os nódulos vão aumentado e se juntando e o dedo vai assumindo uma postura em flexão (dobrado). Em geral, é completamente indolor.

Diagnóstico

O diagnóstico é facilmente realizado através de um simples exame físico. Nos casos mais atípicos, um USOM ou RMN podem ser úteis para o diagnóstico diferencial com outras patologias. No entanto, esses exames complementares são dispensáveis nos casos típicos que correspondem a maioria dos casos.

Tratamento

O tratamento cirúrgico é indicado nos casos onde o paciente não consegue mais espalmar a mão numa superfície plana,  como numa mesa (table palm top test), devido a deformidade em flexão avançada do dedo.

Existem várias técnicas cirúrgicas, mas a mais empregada e segura é a fasciectomia parcial. São realizadas incisões de pele sobre as cordas e apenas a fáscia patológica é removida. Deve-se ter muito cuidado com os nervos digitais durante a remoção da fáscia comprometida, pois sua posição está alterada devido a presença “das cordas” que distorcem os feixe neurovascular digital. Zetaplastias ou enxerto de pele podem ser necessários em retrações mais graves. A anestesia empregada pode ser geral ou bloqueio.

No pós-operatório, o paciente fica imobilizado com uma tala palmar por 1 a 2 semanas, seguido de reabilitação com um terapeuta ocupacional para tratamento da cicatriz e recuperação dos movimentos do dedo operado. Complicações como deiscências de pele e infecção podem ocorrer nos casos mais graves, após fasciectomia mais extensas. Rigidez pós-operatória dos dedos e distrofia simpático reflexa também podem ocorrer e são tratadas com reabilitação adequada.

Tratamento não-cirúrgico

Uma alternativa em pacientes que apresentem contra-indicações para a cirurgia devido a problemas de saúde associados é a liberação percutânea com agulha. Ela é realizada no consultório apenas com anestesia local e pode ser associada ao USOM que confere muito mais precisão e segurança ao procedimento.

O tratamento químico com colagenase injetável (xiapex – pfizer) não está disponível no Brasil e não há previsão para seu licenciamento e importação. Apesar de dispensar a realização da cirurgia, existem complicações como rotura de tendões e ligamentos, além de seu elevado custo.

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